O incentivo à cegonha
Já aqui falei tantas vezes da Natalidade e dos (não) apoios à mesma, que não podia deixar de escrever sobre as medidas propostas pela tal comissão para a política da natalidade.
É de louvar que finalmente se tenha chegado à conclusão que mantendo-se a taxa de natalidade atual não haverá renovação de gerações futuras. E a continuarmos por este caminho, a tendência é para que a natalidade continue a descer. É um fato que neste país não há condições para que as pessoas queiram ter uma grande família. Ao contrário de alguns, não acho que as pessoas recusem o 2º filho por comodismo mas sim porque se um já é complicado - e não falo de gerir duas crianças - dois ou mais é bem mais. Falo sobretudo a nível logístico - creches, escola, livros, vacinas, despesas médicas etc. O resto, o educar, será mais fácil.
E resumindo a minha opinião sobre as tais medidas. Acho que são medidas acertadas, sem no entanto serem brilhantes. Porque indicam o caminho mas não a solução de como podem ser aplicadas. E em relação à carreira profissional e meio laboral, julgo que as medidas indicadas são importantes mas que deve haver uma articulação com o Código do Trabalho, promovendo a igualdade entre género, que todos sabemos ser completamente utópica. Infelizmente, a maior parte das nossas entidades patronais preferirá não contratar mulheres de todo. É o que temos e as mentalidades não mudam de um dia para o outro.
E fica por falar do ensino público, supostamente obrigatório a partir dos 3 anos mas que na realidade só garante lugar à criança a partir dos 6 anos e no primeiro ciclo. Até lá, recorremos ao privado? Mais uma despesa quando supostamente deveria haver vagas para todos? Continuam a fechar escolas mas depois não garantem vagas.
Gostava de saber quais as vossas opiniões sobre estas medidas...
xoxo
cindy