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Ontem quando a M. chegou a casa vinda da escola estivemos a ver uns vídeos e a cantar as algumas das nossas músicas preferidas. Pelo meio da cantoria, fomos dar com a “Photograph” do Ed Sheeran, cujo vídeo, para quem não conhece, é composto por fotos e vídeos dele desde bebé até à idade adulta. Ela adora o vídeo e aproveitei para explicar que era por querer ter estas lembranças dela, que gostava de fazer vídeos e tirar fotos. Ultimamente, escapa-se sempre às fotografias e não há meio de tirar uma de jeito.
Pediu-me então para irmos ver os vídeos dela de quando era bebé. Ai, que saudades daquele embrulhinho quentinho e redondinho no meu colo! Começámos então a rever aquelas memórias tão boas e pelo meio aparece o vídeo do dia em que saímos da maternidade e fomos mostrar a bebé à minha avó e tia. Até meteu dó de ver… quando viu a bisa largou num pranto. A saudade… Essa palavra tão portuguesa! Acho que ver o vídeo acabou por lhe fazer bem... deitou algumas coisas cá para fora que tinha guardadas e ainda falámos sobre as saudades de quem já não está cá.
A verdade é que as pessoas partem e o que fica são as memórias. Não há um dia em que não me lembre das minhas avós. Ou porque como uma nata e me lembro das tardes passadas a fazer pasteis de nata à moda antiga, com massa folhada feita na hora. Ou porque faço marmelada e me recordo das taças a secar ao sol no parapeito da janela. Ou ainda das corridas a empurrar a cadeira de rodas quando a minha avó ia estender a roupa. Da minha outra avó, lembro-me quando estou a pôr batom ou a beber o meu café pelas chávenas que herdei dela. Ou do chá de casca de cebola para a rouquidão e tosse que tão bem me fazia e que ainda hoje sigo a receita à risca, quando ando mais aflita da garganta. Tantas coisas boas!
Por ser tão pequenina, decerto não terá grandes memórias da bisa mas ainda bem que temos estes meios tecnológicos que nos permitem rever quem já partiu...
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Pouco depois do Natal, chegou cá a casa uma caixinha linda, linda d'O Boticário, com duas das novidades em perfumaria da marca e uma agenda super gira, que já está a uso!
As novidades perfumadas da marca vão buscar inspiração aos primórdios da marca, reproduzindo o icónico frasco em formato de ânfora do Acqua Fresca, lançado pela primeira vez em 1979, em Curitiba, Brasil. Acho que quem é fã da marca se lembra de ver estes frasquinhos nas lojas desde sempre! Na caixinha que recebi vinha uma timeline com as principais fragâncias da marca e com a data do meu nascimento assinalada. Achei um pormenor delicioso!
Dentro da caixinha vinham dois perfumes. Recebi o Thaty, pertencente à Boticollection, uma eau de toilette lançada em 1980 e reinventada em 2017, fresca e marcante, com notas de lavanda, lavandin e eucalipto, evoluindo para notas de corpo com rosa e gerânio, e fechando com musk para dar um toque de intensidade. É curioso que quando a uso me faz sempre lembrar a água de colónia da marca para bebés - o Boti Baby. Esta linha conta ainda com mais três - New Acqua Fresca, Acqua Fresca e Anni.
Da linha Botica 214, a fragância de Jasmin e Patchouli, com notas florais do Jasmim combinadas com as marcantes notas amadeiradas do Patchouli da Indonésia, dando origem a uma fragrância encantadora e atemporal. Adorei o frasco, uma ânfora trabalhada em vidro facetado! Para além desta fragância, existem ainda mais duas - Peônia & Apricot e Violeta & Sândalo.
São ambos perfumes distintos, o que tenho usado praticamente todos os dias é mesmo o Thaty , o Botica 214 é um nadinha floral demais para o meu agrado. Podem ver e cheirar estas novidades numa loja da marca perto de vocês ou encomendar na loja online, aproveitando que estão em promoção!
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Um dia destes apercebi-me que não me lembro de passear com as minhas avós. Sabem, aqueles passeios de mãos dadas, rua fora… Estava a observar uma avó derretida com o netinho enquanto passeavam e deu-se este clique.
Não tenho essas memórias de infância, embora tenha passado grande parte dela em casa das avós. Mas a verdade é que ambas tinham problemas de mobilidade. A minha avó paterna B. sofria de reumatismo e isso fez com que com o passar dos anos visse a sua mobilidade reduzida… A minha avó materna L. é paraplégica já há longas décadas e portanto também não saía muito à rua. Ambas tomaram conta dos netos e nós éramos umas pestinhas! Ainda me lembro de eu e o meu primo nos escondermos debaixo da mesa da sala porque sabíamos que a nossa avó B. não chegava lá para nos dar com a colher de pau! Muitas saudades dela… E as corridas que eu fazia com a minha avó L., eu no triciclo e ela na cadeira de rodas? E às vezes até a empurrava! Verdadeiros ralis… De resto, lembro-me de tantas outras coisas... das torradas da avó B. no forno, do S. João lá passado no quintal, de fazer pastéis de nata com a minha mãe e a avó L., de a ver usar a máquina da costura e de a ajudar a estender a roupa. Saudades de ter uma cá ainda conosco e da outra com saúde...
Felizmente, a minha filha já se vai lembrar dos passeios com os avós e mesmo agora consegue voltar atrás uns anos e lembra-se de coisas que já fez com eles quando era mais pequena. São as memórias que ficam...
xoxo
marta
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