Uma estrelinha e o novo elemento da família
Quando era pequena, sempre quis ter um cão mas ele só apareceu lá em casa quando eu já andava na faculdade e a minha irmã era pequena. Por não estar em casa durante a semana, acabei por não desenvolver uma relação tão próxima como os meus irmãos mas o Gu sempre foi o cão da família.
Lembro-me de num ano ter tido uma otite em cima do Natal e do cãozinho me ter feito companhia enquanto o resto da família ia depois do jantar à minha avó. Enquanto não voltaram a casa, não saiu dos pés da minha cama. Os meus filhos, sobretudo a Mariana que privou mais com ele, adoravam o Gu, foi companheiro de muitas brincadeiras. Quando a Mariana era bebé foi giro de ver toda a indiferença dele que se transformou numa imensa paciência quando ela começou a andar e a persegui-lo casa fora. Paciência essa que depois precisou para o Pedro que é bem mais malandro que a irmã.
Os anos foram passando e pouco antes do Natal, o Gu partiu do alto dos seus 19 anos. É muito tempo... Despedimo-nos dele, miúdos incluídos. Foi uma dor de alma. E explicar ao Pedro foi muito dificil... Quando lhe disse que o Gu era uma estrelinha foi espreitar à janela, do alto da sua inocência e disse que não o via no céu.
Quis o destino que o meu irmão, fazendo jus ao seu apelido de pica-miolos, auxiliado pela minha cunhada, começasse a convencer-nos a adoptarmos um cachorrinho, os miúdos iam adorar, só lhes faz bem, blá blá blá. Eu comecei reticente, a certa altura já estava convencida mas a duvidar da minha sanidade mental e a ver se convencia o S. Lá demos luz verde à surpresa dos tios e a partir daí foi todo um segredo de estado para que os meus ricos filhos não desconfiassem de nada.
Conseguem imaginar a cara deles na manhã de Natal quando o tio aparece com uma caixa e lá dentro estava um cachorrinho? Melhor surpresa de sempre e jamais vai ser superada. Nem sei para que gastamos dinheiro em brinquedos!!! Não ligaram a mais nada e ainda bem! Aliás, tinha comprado um cão salsicha robot ao Pedro e acabei por o ir devolver.
Claro que o Yoda não veio substituir o Gu mas deu algum alento e levou um pouco da tristeza que sentíamos. Tem sido uma gestão dia-a-dia, confesso que nos primeiros dias só pensava no que me tinha metido mas tem corrido agora melhor. É que o Yoda é tão cachorrinho que é um autêntico bebé. Mas tem sido a nossa alegria e é de derreter o amor que ele tem à minha pessoa!
xoxo
Marta